O Cenário Paroquial do Dízimo (17/01/2012)
Por Diácono Claudino Affonso
Nos últimos anos, as paróquias têm-se servido, cada vez mais, de metodologias profissionais de marketing para a superação de dificuldades pastorais e administrativas. Para obter um bom resultado da qualidade e quantidade da Pastoral do Dízimo, faz-se necessário conhecer seu cenário. Conhecendo-o, pode-se reestruturar sua ação com uma metodologia de alta eficácia que gere benefícios humanos e financeiros para a comunidade paroquial.
O termo cenário vem do latim coenatoriu, local onde a família praticava a ceia, momento considerado de grande importância na Antiguidade. Com o tempo, o cenário passou a designar o conjunto de diversos materiais para criar a realidade ou a atmosfera para a ação. Assim sendo, uma Pastoral do Dízimo que não contenha uma boa análise de cenários será fatalmente passível de muitos questionamentos quanto à sua viabilidade.
É impossível analisar um cenário do Dízimo paroquial partindo do zero. É uma tarefa demasiadamente árdua, senão, impossível. Para começar, pense macro. Tal tarefa exige muita oração, criatividade, visibilidade e objetividade.
É preciso ver o cenário do Dízimo paroquial com o olhar de Deus, um olhar que tem como objetivo a salvação. Assim, encontraremos muitos sinais da ação de Deus e poderemos entender melhor os fiéis leigos com suas potencialidades, qualidades e possibilidades, participando eficazmente na ministerialidade eclesial.
O cenário do Dízimo paroquial é cheio de perplexidade. Ninguém conhece ao certo como ele é. Contudo, fazendo-se uma análise qualitativa e quantitativa do Dízimo, poderemos conhecer melhor e cada vez mais sua dinâmica:
- ANÁLISE QUALITATIVA DO DÍZIMO
Quanto à análise qualitativa do Dízimo, é importante:
- Diagnosticar seus padrões de excelência;
- Analisar se os agentes e a comunidade paroquial estão fazendo o que é correto e de forma correta;
- Avaliar o fluxo de formação, de informação, de conscientização e de materiais;
- Verificar o grau de participação das pessoas envolvidas, o nível de motivação, de entusiasmo e o grau de cooperação entre os agentes.
Em relação à qualidade, pode-se levantar:
- Alguns pontos fortes como: o bom relacionamento dos agentes com os paroquianos; o conhecimento geográfico da paróquia; a participação dos paroquianos; a dedicação e presteza nos trabalhos pastorais; a honestidade e a disposição para treinamento e desenvolvimento.
- Alguns pontos fracos: baixa conscientização dizimal e a não aplicação de ferramentas gerenciais e de recursos humanos.
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ANÁLISE QUANTITATIVA DO DÍZIMO
Na análise quantitativa, trabalha-se com números. Os números facilitam a análise real de como está o cenário do Dízimo paroquial. É importante conhecer:
- A população da paróquia;
- O número de católicos;
- O número de católicos que participam das missas dominicais;
- O número de católicos que exercem algum ministério na comunidade paroquial;
- O número de dizimistas inscritos;
- O número de dizimistas que contribuem no mês;
- Os dizimistas efetivos (que contribuem assiduamente);
- Os dizimistas desistentes (motivos);
- Os dizimistas que contribuem esporadicamente (motivos);
- O valor total do dízimo (média);
- A média de contribuição por dizimista, etc.
Assim sendo, com estas duas análises da experiência dizimal paroquial, qualitativa e quantitativa, é possível elaborar um roteiro de ações a fim de que a Pastoral do Dízimo seja atuante, dinâmica, eficiente e eficaz. A partir destas análises, ela poderá reestruturar bem sua ação, fazendo com que a comunidade paroquial tenha meios e recursos para ser sinal e instrumento do Reino, investindo nos agentes e nas mediações evangelizadoras.
Diácono Claudino Affonso é membro da Comissão Arquidiocesana da
Pastoral do Dízimo - ARQUIDIOCESE DO RIO DE JANEIRO, e
Diácono da Paróquia de Nossa Senhora da Esperança em
Botafogo - Rio de Janeiro. E-mail: dizimo@oi.com.br
DÍZIMO - Questão de Fé e Justiça (18/07/2011)
Só é dizimista quem tem fé, quem acredita na Palavra de Deus. Essa virtude teologal tem forças para “remover montanhas”. Quando acreditamos em algo e nos lançamos a serviço de sua concretização, o resultado aparece. Arregaçamos as mangas, trabalhamos com afinco e saímos vencedores. Fomos vitoriosos porque acreditamos ser capazes da ação, empenhamo-nos e acreditamos nas bênçãos de Deus. Tivemos fé.
Quando o dizimista oferece seu dízimo está exercendo sua fé na palavra de Deus, na Igreja-comunidade, nas pessoas, em sua utilização, na força do dízimo, não só para melhorar, mas para transformar a face da terra. Acreditamos que a justiça acontece quando partilhamos.
Realmente, pelo oferecimento do dízimo realiza-se o equilíbrio financeiro. Por isso, o dízimo é o Plano Econômico de Deus – o único que exige a vivência dos ensinamentos de Jesus Cristo: justiça, misericórdia e fidelidade. Esse deveria ser o Plano Econômico Mundial para que houvesse o equilíbrio das riquezas. Se acreditarmos, se tivermos fé nessas palavras, não só ofereceremos o dízimo, como também tentaremos catequizar nossos amigos quanto ao dízimo.
Assim agindo, estaremos promovendo a justiça: não haverá poucos com muito e a maioria, sem nada.
O dízimo possibilita a evangelização, apoio aos necessitados, o desenvolvimento das ações religiosas; por isso, é questão de fé e justiça.
O Criador fez um lindo mundo para nós, por amor. Deu-nos o universo para governar. Deu-nos inteligência para distinguir o bem do mal. Ele espera que pratiquemos boas obras e está ao nosso lado para nos ajudar. Espera apenas que abramos o coração.
Talvez hoje seja esse momento. Num ato de coragem, muito amor e alegria, façam a experiência do dízimo. Tenho certeza de que verão jorrar muitas bênçãos de Deus sobre vocês, seus familiares e seus trabalhos.
Deus espera que cumpramos nossas obrigações, trabalhemos honestamente e com entusiasmo, estudemos, sejamos justos, andemos com a verdade. Um comportamento assim, nos leva a prosperidade. Em agradecimento a Deus por sua infinita bondade, ofereçamos a Ele um dízimo agradável.